Manifestação

Funcionários da Cosulati seguem paralisados

Mobilização permanece nesta terça-feira; reunião para definir detalhes de pagamentos atrasados terminou sem acordo

Paulo Rossi -

A semana começou com nova mobilização dos trabalhadores da Cosulati. O recado permaneceu expresso em faixa no portão do prédio da Administração, na praça 20 de Setembro, em Pelotas: Trabalho com dignidade. E é para exigir Respeito aos direitos trabalhistas que os funcionários interromperam as atividades. Já são quase dois meses de salários atrasados, metade do 13º e férias sem pagamento. Sem falar em depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também pendentes.

A previsão é de que a paralisação só se encerre quando ao menos parte dos valores seja depositada. "Queremos preservar a cooperativa, queremos que ela continue, mas tudo tem limite. Estamos preocupados", resume Adelina Macedo, como porta-voz dos colegas. E fala com propriedade: já são 45 anos dedicados à Cosulati; mais do que suficientes para ter acompanhado da abundância da cooperativa aos anos de crise.

Uma reunião durante a tarde desta segunda-feira (2) durou três horas e meia, mas se encerrou sem acordo. Sentaram à mesa, integrantes da direção da Cosulati, representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Pelotas e Região e uma comissão de funcionários. Hipóteses como o pagamento em quatro parcelas chegaram a ser apresentadas pela direção, mas não houve consenso.

Um novo encontro está agendado para esta terça (3), a partir das 8h30min, quando a gestão da Cosulati irá expor o resultado da análise de números e de possibilidades. O diretor administrativo, Almir Mendonça, deve se pronunciar somente nesta terça-feira.

Saiba mais
A Cosulati chegou a ter três unidades em operação simultaneamente: a fábrica de laticínios (no Capão do Leão), o frigorífico de frangos (em Morro Redondo)e a indústria de rações (em Canguçu). Atualmente, apenas a planta de lácteos segue de portas abertas. Com crise financeira e suspeita de desvios de verbas - que levou o caso para a Justiça -, a cooperativa encolheu a estrutura, dispensou operários e perdeu representatividade nos 19 municípios em que mantinha ramificações e cooperados.

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